havia aquele menino que dizia não saber ler,
mas mesmo assim ele queria ter livros,
e abraçava-os,
e dizia que os espremia até deles saírem letras,
como sumo de limão,
que ele usava para regar os próprios pés,
sem que soubesse muito bem se
o aquecer de querer que sentia,
vinha daquilo ou de não ter ninguém
com quem partilhar tanta pergunta,...
e era tanta coisa que queria saber,
tirava dos olhos o interrogar sobre o viver,
e mesmo assim sentia-se sozinho,
mais sozinho ainda do que quando ia e vinha
nas ondas do próprio acordar,
e acordava molhado de tanta tristeza
em sentir que queria saber mais,
e não tinha como
mas mesmo assim ele queria ter livros,
e abraçava-os,
e dizia que os espremia até deles saírem letras,
como sumo de limão,
que ele usava para regar os próprios pés,
sem que soubesse muito bem se
o aquecer de querer que sentia,
vinha daquilo ou de não ter ninguém
com quem partilhar tanta pergunta,...
e era tanta coisa que queria saber,
tirava dos olhos o interrogar sobre o viver,
e mesmo assim sentia-se sozinho,
mais sozinho ainda do que quando ia e vinha
nas ondas do próprio acordar,
e acordava molhado de tanta tristeza
em sentir que queria saber mais,
e não tinha como
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....