2018/12/13

Custa tentar escrever bonito...


Hoje acordaste diferente do habitual. Como se a luz te vestisse de indiferença, e os minutos fossem passando sem que dessemos pelo passar do tempo, nem sequer pelos espaços que a solidão deixa entre as palavras, quando elas teimam em não surgir. Trocámos só o essencial, deixando o imprevisto guardado a sete chaves, entre os cofres invioláveis a que as nossas mãos dão forma, quando não sabem onde devem estar.
Perdi a vontade, subitamente, de achar que os acasos são obra de qualquer coisa desenhada, que não conseguimos ver ou sentir. Sentado, a ver-te desvanecer por entre a passagem entre o nosso mundo idealizado, e a realidade desconstruída, tentei achar na minha pele mapas que me levassem de volta a ti. Ao teu aconchego. Ao despir de alma quente que sublinhava nos teus beijos,…
E no fim de tudo, o silêncio…



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