Hoje acordaste diferente do habitual. Como se a luz te
vestisse de indiferença, e os minutos fossem passando sem que dessemos pelo
passar do tempo, nem sequer pelos espaços que a solidão deixa entre as
palavras, quando elas teimam em não surgir. Trocámos só o essencial, deixando o
imprevisto guardado a sete chaves, entre os cofres invioláveis a que as nossas
mãos dão forma, quando não sabem onde devem estar.
Perdi a vontade, subitamente, de achar que os acasos são
obra de qualquer coisa desenhada, que não conseguimos ver ou sentir. Sentado,
a ver-te desvanecer por entre a passagem entre o nosso mundo idealizado, e a
realidade desconstruída, tentei achar na minha pele mapas que me levassem de
volta a ti. Ao teu aconchego. Ao despir de alma quente que sublinhava nos teus
beijos,…
E no fim de tudo, o silêncio…
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