desalmadamente,
escrevia-te assim porque
desaprendia,
a cada segundo,
a filosofia inocente
que me ensinaste
em todos os momentos,
em todos os
segundos de só estares ali,
afundada na minha
espera pela morte da
comiseração,
pelos horrores indescritíveis
de não ter nada para dizer
à música do tempo,...
aprendi-te para te conservar,
como agora te digo,
desalmadamente,
com as reservas postas
na bolsa de fora do ter
que dizer,
do falar por falar,
e até de achar que,
sem qualquer suporte
sociológico,
poderemos aspirar a
andar por cá mais
do que alguém,
em algum sítio,
tem escrito num
papelinho para a nossa vida,...
desalmadamente,
anda agora arredondar-te
comigo,
sabes o meu sonho?,
explodir um dia e
desintegrar-me mais rápido que a velocidade do som,
para ir passar o fim de tarde onde as
tardes consigam resistir melhor à
loucura homicida dos dias
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