2018/09/27

Não esperavam de ti o silêncio

dizias verdades,
para mais as coisas não esperavam de ti o silêncio,...

só que,
ao arredondar as expetativas das pessoas,
fosses o reto do espaço a adaptar-se ao amor,...

meninos sem sono,
com pai e mãe,
mas sem afeto
vestido de noite estrelada,
de tudo as coisas
faziam para vir ao
teu encontro,...

planeando o soro das palavras
 para dar vida à roupa invisível de mãos suaves,
deixando cair sofismas aprimorados,
para eu os recolher e não conseguir
 parar de escrever,...

as mesmas coisas sem sentido
que de ti só queriam som,
um filosofar cantado aos sete ventos,
para dele nascer todos os sentires bem,
os ardo no teu desejo,
o tesão desenhado na parede
quando uma madrugada
nos compra a vontade de eternidade,
selando-a com um de
muitos sonos fundidos num só corpo,
de pós-sexo,...

se te disser amo-te,
agora,
as coisas vão continuar sem
 esperar de ti o silêncio,
e o mar entrará pelos espaços
pantanosos deste
desnível de palavras,
afastando-me do que
tens escrito para os milhões
de eus à solta por aí 

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