Dizia-se que a bebida ali queimava. Um shot de vodka alumiava as solidões, e servia para pintar uma noite que se esbranquiçava quando a madrugada vinha. Entrei, sem saber o que esperar, esperando apenas que aquele não sei quê que parecia carregar às costas desaparecesse, emudecendo-se nos rebordos a tresandar a sujo de um copo repleto de álcool . Na porta, inscrito a roxo, quase da mesma cor dos votos de pêsames nos velórios, estava inscrita uma pequena frase de um autor qualquer:
‘renasce sempre no fim das tuas hesitações’
Não conhecia mas gostei. Lá dentro havia uma luz pálida, encerrando uma corriqueira insatisfação no ar.
Apertei a minha inconsequência no bolso, e sentei-me ao balcão...
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