de sempre com o útero nos olhos,
havia um tempo no tempo
em que conseguias
ser mãe apenas com o estar aí,
de respirar afilado,
ansioso,
esperando que de ti
brotassem filhos
inesperados,
a que tivesses
de dar de comer
com palavras escassas,
bem medidas,...
só tu parecias o
inevitável da
continuidade da espécie,
fazendo com
que de ti me
acercasse a cada frase,
sentindo-me
mortal perante
um esplendor cadente
que te estava lacrado na pele,...
não sei de ser amoroso,
não sei de me arrastar
pelas esquinas do
não ter nada para dizer,
fazendo com que até
me pudessem colar
um suave halo de paternidade,...
isto tudo porque só sei
ser eu mesmo em zero,
sem nada para respirar,
com tudo para que
me recusasse o enlevo
insignificante de muitos
textos carinhosos,
para ler a filhos
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