nuno júdice / fevereiro
nenhum dos sinais do princípio me traz
o conforto de ser, nem
abre a última porta, por
onde passaram os exércitos da noite.
Mas vejo melhor: e
descubro-te, a um canto,
debruçada da varanda – como
se espreitasses o mar verde da memória,
ou procurasses a própria definição
da água, entre o azul
e o negro.
É, de facto, a cor
dos teus olhos,
como a lembro. Encostavas-te
à parede branca, contra
o sol; e a luz não te atravessava
os cabelos com que protegias
o rosto.
particularidades, a tua presença é
a mais evidente. Deixo que
a sombra desapareça de toda a parte,
da parede até ao próprio horizonte; e
é como se saísses de dentro
do tempo, e nos entrássemos,
por instantes, sob um céu de nuvens esburacadas
como as tábuas comidas
pelo sal.
a fonte da vida
quetzal
1997
Eu também gostava. Poema lindíssimo.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Concordo.
EliminarMuito lindo mesmo.
Obrigado pela presença
Gostar de escrever assim, é um passo em frente para alcançar o objetivo.
ResponderEliminarObrigado pela partilha de tão belo texto.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Concordo inteiramente, Juvenal.
EliminarAbraço.
Muito bom!
ResponderEliminarAproveito para desejar uma boa semana!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Boa semana também, Teresa.
EliminarSinceramente, não noto muita diferença entre a poesia do Miguel e a de Nuno Júdice.
ResponderEliminarLá chegará, se é que não chegou já!
Obrigado pelo elogio
Eliminar😊
Dois poetas talentosos e apaixonantes!
ResponderEliminarOs dois brincam com as palavras e o que vemos é poesia.
abraço, M
Obrigado
Eliminar😊
É bonito. E escreves, se quiseres.
ResponderEliminarOlha que gostei muito desta prosa aqui, que acabei de comentar: https://paginaspartilhadas.wordpress.com/2019/04/08/pisca-um-cursor-por-miguel-curado/
Obrigado
EliminarJá é muito antigo
Quase já nem me lembrava
😊