Depois deixa que a tristeza me
venha perguntar as horas,
insinuar que o dia é a a noite nua,
e a noite não tem roupa para
cobrir uma nudez que rejeita,...
deixa que a tua malfadada hesitação
se transvista de amor,
e desça a rua pronunciando a
latina versão da morte,
com as declinações erradas,
e um academismo que só ela
consegue deixar infundado,...
e agora,
soletrada que está a
frase que me aterrorizava,
de tão escura que te sinto
sentada à esquina da lua,
talvez parta acomodado à espuma
do silêncio