tua boca meu declínio,
quando o dia avança-se
e a noite gorjeia súbditos
de sociedades desiguais,...
vejo-te parcimónia de novos intentos,
como que um dia incompleto,
relógio que morre e vive
em azul de mar em eutanásia,....
se fores criação defenestrada,
psicose de novelos de lã,
espero trejeitos invisíveis,
da mão pequena e suja
que embala gritos,
desfaz pesadelos,
e te tira a pele de fado
de que foges....
2008/09/28
Alegoria do Fado
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