2008/09/16

História de amor ao pôr-do-sol

Na noite em que me disfarcei de soletrar,
caíram-me as calças,....

fiz-me de tarado,
sorri, meti dois pingos
de solidão nas retinas,
e lá fui eu ao desvario,...

encontrei a vida deprimida a copiar
registos de plena realização da morte,....

abri o casaco e senti-me
gozado no meu sentimento de homem
que espera vícios do
ar que respira,...

ventou,
soprou tanto o bafo do
desprezo que só tentei
mais a criatividade,...

pintava sóis atrás de um
corpo em putrefacção da
criança mais adorável do mundo,....

apaixonámo-nos, e hoje
somos quem manda no mundo,...

eu, o fazer bem a olhar
para o quem cá de dentro,....

ela, gosta de comer
sonhos congelados para sobreviver.....

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