2018/06/10

Lua magra

a casa pintada de branco destoava naquele princípio de tarde, com tanto amarelo debroado a luz que chovia do céu. Arrependia-me de saber que a minha vida se resumia a olhar para todo este equívoco. Com janelas que pareciam olhos de cães moribundos que só anseiam para que lhes digamos que gostamos deles. E todo aquele sentimento de frustração só por saber que cada dia nasce. A boca amarga, e os olhos pouco á vontade com aquela humidade sem nome e ácida dos amanheceres, iriam ter de servir para que dormisse sobre o assunto, até que me indicasse a mim mesmo o caminho a seguir.


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