Ela subia a rua sempre da mesma forma. Como dizem os mais velhos, tal e qual alguém lhe devesse alguma coisa, e ninguém quisesse pagar. Fixava o caminho peremptoriamente, ignorando olhares de qualquer teor. Os cabelos cacheados, de um negro irrepreensivel, funcionavam como um rasto de culpa não assumida. Preferia os caminhos ascendentes, porque lhe davam a classe que ela achava dissolver no ar como um aerossol que infetasse as pessoas. Ninguém a tinha ensinado a ser assim. Ela aprendera com as hesitações, os amores mal terminados, e principalmente com a vontade inexcedivel de se sentir bem consigo própria, ao achar que os outros pensavam bem de si. E fazia-o todos os dias sem olhar para trás, sem pensar no que os outros observavam ou achavam ver no seu caminho, e no rasto que ia deixando. Seguia de queixo levantado, bracos esticados ao longo do corpo, mala herança da mãe segura com firmeza. E palavras mudas. Muitas palavras mudas que ia deixando pelo caminho.
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A veces solo queda el silencio. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarNo sofá, talvez descansando das suas caminhadas.
ResponderEliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
É uma possibilidade 🙂
EliminarBeautifully written! This piece captures the complexity and quiet strength of the character so vividly. The imagery of her unwavering confidence and the trail of silent words is particularly powerful. It reminds us how much of our story can be told through our demeanor and presence. Truly inspiring!
ResponderEliminarThe Trendy Bride
Ure too kind🙂
EliminarYou are the master of How are we to get through this. You truly show many sides of life we are going through on a daily basis. Such a beautiful painting, too.
ResponderEliminarUre too kind🙂
EliminarSuch a great look into someones struggles and how they walk through life. It speaks volumes!
ResponderEliminarUre too kind🙂
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