a minha herança são desenhos,
toscos,
no colarinho da camisa um homem
leva,
a fuligem dos dias,
na dobra da saia a mulher,
explica como dorme mal,
com o peso do mal que ainda
suporta,...
e há tantas manhãs,
que se anulam pelo sabor
acre do medo,
deixado nas bocas,
de quem observa,
a minha herança,
que são desenhos