agora perguntas-me e daí,
o que sobrevive quando já não
temos mais roupa,
que esconda o que queimámos ao
cantar sem destino,
dizendo-nos povo sem dono,
música sem quartel,
conceito sem explicação,...
se me perguntares pela luz,
respondo-te que agora,
mesmo neste momento
que não mais voltará,
já não sei se parar de escrever
o que te oferto,
será sinal que sei parasitar o
suficiente a tua saudade,
para que não abdiques da minha
insuficiência,
dos defeitos que desfiei e desfio
aos teus olhos,
como o tear das tecedeiras
que trabalham para não morrer,
e morrem para que outras venham
depois delas,...
perdoa-me se a metáfora embrulhada
neste papel sem cor,
não te arrastou de novo para a estória
do sorriso que te corre no sangue,
mas não sei fazer melhor
Tirado daqui
o que sobrevive quando já não
temos mais roupa,
que esconda o que queimámos ao
cantar sem destino,
dizendo-nos povo sem dono,
música sem quartel,
conceito sem explicação,...
se me perguntares pela luz,
respondo-te que agora,
mesmo neste momento
que não mais voltará,
já não sei se parar de escrever
o que te oferto,
será sinal que sei parasitar o
suficiente a tua saudade,
para que não abdiques da minha
insuficiência,
dos defeitos que desfiei e desfio
aos teus olhos,
como o tear das tecedeiras
que trabalham para não morrer,
e morrem para que outras venham
depois delas,...
perdoa-me se a metáfora embrulhada
neste papel sem cor,
não te arrastou de novo para a estória
do sorriso que te corre no sangue,
mas não sei fazer melhor
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