2008/08/25

Já que hoje vem antes de amanhã I

O que é que não entendes da parte em que te digo que o planeta não gosta de mim? Talvez um pouco de desfloramento, assim, como se fosse menos que duas partes de um todo incompleto, sirvam para que captes o sentido.
Nunca virei a esquina, sem que a rua se risse do que eu afirmo serem as premissas para um viver despreocupado. Canto, sussurro que o que importa é comer duas papas de aveia estragada por dia, ao mesmo tempo que se jura que o homem é feliz em dias de chuva ácida. E sou gozado, desprezado. Chego onde tenho de ir sempre com o estômago ao pé da alma, o suficiente para que todos me conheçam como o frente de uma existência acintosa. Talvez sim, sorrisos triangulares, seguidos de afirmações propedêuticas, sejam a solução. Nunca menos que o melhor, no relacionamento com as pessoas que vale a pena chamar pessoas. Mas o vento que esfaqueia. Sim, o planeta odeia-me, quer fazer de mim a sua prova que é cruel, e se eu deixar, martirizo-me. Trransformo em mim o que sempre quis ser...(continua)

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