Encontrava-me a caminhar sem destino,
Passei pelas mesmas ruas apertadas de todos os dias,
Que notavelmente me pareceram mais largas e cheias de garatujas indecifráveis,
Até chegar a um local amplo e iluminado,...
Estavam muitas crianças sem tutela,
Arriscavam-se pelo simples motivo de não terem motivo,
E senti-me invisivel a caminhar entre elas,
Ouvir risos,
Despreocupacões que pareciam próprias de sítios como aqueles,...
Pareceu-me um local pleno de aromas,
Em que se olhasse para cima via pequenos pés,
A caminharem sem sentido e quase de forma etérea,
Até ser altura de fazer tudo de novo,...
Entardecia quando senti ser altura de partir,
Curiosamente fi-lo com vontade de parar,
Deixar a minha pessoa por ali,
E sentir-me orientado por uma mão invisível,
Que por uma vez me fizesse sentir pertença de algum lugar ou de alguém,..
Mas mesmo assim segui,
À espera que me recebessem em silêncio noutro local sem nome