sentia-se anónima,
os lábios
esfoliavam sem razão,
as mãos tremiam
e perdiam secura
ao décimo de segundo,
sem que conseguisse
guardar o olhar onde fosse,....
ele fixava-a,
predava cada
porção do seu ser,
distantes pareciam
aproximar-se,
e ela pensava que
lindo é,
o rosto pedia arte,
o corpo aproximava-se
virtualmente do seu,
e ela pedia mais,...
pedia volúpia,
animalidade,
devassa de pele e
sexo,....
mas sentia que a
Terra a absorvia,
a engolia,
e ele,
sem se mexer,
estava já junto a ela,...
escondeu as mãos
nos bolsos,
trincou suavemente o lábio,
e sentiu que chovia,...
ele estava lá,
mas ela virava costas,
ia deixar ,
outra vez,
a escuridão tomá-la nos braços
2023/07/13
Anonimato e devassa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Etiquetas
'Depois de almoço'
(9)
'abrir os olhos até ao branco'
(2)
'na terra de'
(2)
Absurdo
(62)
Blog inatingiveis
(4)
Contos
(61)
Dedicatória
(22)
Denúncia
(2)
Dia Mundial da Poesia
(7)
Diálogo
(6)
abstracao
(1)
abstrato
(197)
abstração
(19)
acomodações do dia
(1)
acrescenta um ponto ao conto
(1)
alegria
(2)
alienação
(1)
amargo
(4)
animado
(2)
animais
(4)
aniversário
(11)
antigo
(1)
antiguidade
(1)
análise
(1)
atualidade
(2)
auto
(1)
auto-conhecimento
(4)
autor
(12)
blogue
(10)
breve
(4)
casa
(1)
casal
(1)
coletâneas
(2)
companhia
(1)
conformismo
(3)
conto
(4)
corpo
(5)
crossover
(4)
cruel
(1)
crónica
(1)
curtas
(8)
depressão
(6)
dia da mulher
(1)
diamundialdapoesia
(2)
dias
(1)
dissertar
(11)
divulgação
(1)
do nada
(5)
doença
(1)
escrita criativa
(1)
escritaautomática
(10)
escritores
(12)
escuridão
(2)
pessoa
(6)
pessoal
(33)
pessoas
(13)
La pasión nos lleva al cielo o al infierno. Profundo poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarMuito belo!
EliminarA imaginação é prodigiosa.
Obrigado
Eliminar:-)