quanto mais penso, menos vontade tenho de especificar o que pretendo que as coisas sejam. Ou não se quer que esteja aqui, a dizer de mim tudo e menos que o que desejo. Ou, ao invés, sobram defeitos de tudo o que, ao sol, luz menos que a lágrima do homem que antevejo em momentos finais de vida. Sim, sou o que se vê. Não, não quero ser mais que isto. E talvez, nada disto faça sentido. Só percepções imediatas de todos os momentos em que me sei incapaz de perceber tudo isto.
Enquanto isso, o dia terminantemente desliza para um fim que não sei descrever. Abrigo-me o melhor que posso da chuva de desfeitas que a noite traz.
Aqui me encontro a escrever de tudo isto o pior que sei, mas o melhor abstracto que consigo conceber.
2009/10/13
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