após o dilúvio, a praia torna-se um vai-vem de despojos de todo o tipo. Restos de cascas de árvores apodrecidas, misturados num mosto de cheiro pútrido com algas, pedaços de seres invertebrados, e lixo de toda a ordem, bailam sem coordenação. O vento levanta a areia pela base, e os poucos que se atrevem a enfrentar a tempestade juram, por vezes, ver lindas danças de moças orientais sem forma e sem idade, que enfrentam o rigor dos elementos para provar um conceito próprio de liberdade. Havia a jura de luz feita sombra naquele local assoberbado. Tudo soava a renascer, a verbos gastos pelo tempo e pela indecisão do espaço. Uma mulher submete-se, de cócoras, a uma reza impercetível. Um homem passa por ali sem destino, mas com um cão que se arrasta sem nome nem sentir. A voz do vento dita para a luz metálica do céu, juras de um compromisso sem idade.
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Aprendera onde estavam as coisas, O espaço que tinha de ficar entre a mesa e a parede,... Deixar o chão com espaço para respirar, Sentir re...
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Não acredito em ressentimentos, Em ir para a cama com a mente balofa E alguém a dizer-nos que o tempo pesa, E está frio de mais para termos...
Amo, chegada a noite, o silêncio da areia e os sussurros do mar.
ResponderEliminarTexto que gostei de ler. Musica que gostei de ver e ouvir.
.
Cumprimentos poéticos e cordiais
.
.
Obrigado ricardo
EliminarAbraço
O caos, a praia, o anoitecer, e o desencanto que traz encantamento...
ResponderEliminarBoa semana!
:-)
EliminarBoa semana tb