Desdisseste-me naquela tarde de cinza
feita, o sol lamuriava num rendilhado
sem cor a imortalidade a que está votado, e
a terra escoava-se em desilusões aguadas com a chuva
de memória escorrida do céu,…
afirmavas o mundo, os sonhos de cócoras
como remédio para os males de crescer
transparente na alma, …
eu ensinei-te a escrever no céu com os
dedos da alma,
é fácil vês,
disse apontando
para o coração das árvores que namoravam
a estrada gasta que serpenteava todas aquelas
ruas sem número,
para no fim vir o início do sonho, era azul
sem cor, e surgiu na pele adocicada do cachorro
mais vagabundo que come amor para não morrer…
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