2018/01/27

Come amor para não morrer


Desdisseste-me naquela tarde de cinza

feita, o sol lamuriava num rendilhado

sem cor a imortalidade a que está votado, e

a terra escoava-se em desilusões aguadas com a chuva

de memória escorrida do céu,…

 

afirmavas o mundo, os sonhos de cócoras

como remédio para os males de crescer

transparente na alma, …

 

eu ensinei-te a escrever no céu com os

dedos da alma,

é fácil vês,

disse apontando

para o coração das árvores que namoravam

a estrada gasta que serpenteava todas aquelas

ruas sem número,

para no fim vir o início do sonho, era azul

sem cor, e surgiu na pele adocicada do cachorro

mais vagabundo que come amor para não morrer…


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