Sabia a pressas o beijo daquela cidade. Nem mesmo por cima de ventos necrófagos se sentiam desfloramentos consecutivos de virgens em vielas conspurcadas. Sabias que saber a pressas qualquer coisa, é sempre percebê-la devagar. E esta cidade fazia-nos mal naquele ponto de vista. Deturpava o que nos escrevia numa brisa de vento esquecido. Era saúde, com cancros em pares de dança e morte. Desenhava frutos, e queimava caules conseguidos por menos que suor e desprezo aos fracos.
Amei aquela cidade. Fiz o amor que ela achou possível. Desdenhei quando a desenharam melhor que eu a escrevi. Mas acabei sozinho porque soube saber a pressas o que ela me deixou no leito da única noite de sorrisos que tive. Prometeu desnorte, e deu-me um lugar à janela. Em dia de estio descontrolado.....
2008/10/24
Cidade que descarnei e depois me cozinhou
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