Nunca soube escrever,
Rasante à medíocre animalidade,
Feita vontade de brilhar fora de tempo,
Amasso o que almejo com fulgor,
Mas o fermento, a massa do Olimpo,
Esvai-se em pus pelo canal do 'quase',
Haja quem me guie a mão,
E me faça voar nos alíseos da epopeia,
Sinto a cutis a desabrochar camoniana,
O olhar do Elmano vidrado em cristal,
E a eminente certeza de um brilhantismo de fulgor,
Mas,...
Continuo sem saber escrever,
Resta-me a mosca que voa em elipse,
No fulgor de uma morte anunciada...
2008/02/02
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