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O tempo entretanto passou tartarugamente devagar, e eu sinto-me velho. Não foi há tantas luas monótonas o episódio que recordo, por isso devo continuar vetusto. E o jovem, eléctrico.
Guardei-o na minha memória porque espero a qualquer momento morrer. O meu dia, é igual à minha noite. A minha madrugada, passo-a aos pés de um ser de luz, que me dá palmadinhas na costas. Tranquilo, estou. Amedrontado, é estado de somenos para definir como me sinto.
Só que adiante. Auto-propostas são basicamente o que ainda impede que os retalhos de mim se fundam com os torrões do inadiável. Peguei numa pena, para transpirar o percurso de um fumegante pedaço de indecisão. O jovem desta ideia sôfrega fui eu, e já não o sou mais.
Dessa criatura que balanceava pelos intervalos de espaços atravancados, que olhava no branco do olho da morte, e saltava com um sorriso,....já nada resta. Sentia-me bem, a cada segundo que passava, aconchegado por um casaco amarelecido, sem medo de mostrar aos violadores de uma integridade jovial que aqueles pedaços de trapo, cosidos a medo com largos cordões de um quase nylon eram, a toda à prova, velhos. Assentavam bem naquela criatura de ímpetos por refrear em que me transformei, depois de tomar consciência da finitude da vida.
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