2022/11/05

Segredar

não há nada para
 te agarrar,
aproximar-me,
ter dedos em folhas
 de árvore,
as mesmas que
te beijam o corpo,
e te roubam o sono,
e te refazem como ideia,
conceito indiscutível de noctunidade,...

tempo a mais,
a frequência de um sonho,
discutida sem palavras,
sem gestos,
sem razão até,
só com a imensidão de
não ter mais nada,
para jogar à cara da solidão,...

e continua a nada haver
para te agarrar




12 comentários:

  1. Há segredos que se gritam aos quatro ventos, só assim nos libertam da solidão.
    Interessante poema.
    Bom fim de semana, Miguel! :-)

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  2. Talvez seja uma busca incessante pelo Santo Graal que
    não deixa vermos 'nada a se agarrar' . Um poema com ecos M _chegou aqui um ar triste.
    Lendo aqui "Piscar de um cursor" de Miguel Curado, por acaso
    é você, M ?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. ... 'paginas partilhadas', texto de 2019 _ (quero ler mais) _ só achei este e gostei muito ! Fala aí onde encontrar ,,,
      Abraço M , bom domingo.

      Eliminar
    2. Neste blog.
      🤣
      Todos os dias há coisas minhas
      🙂

      Eliminar

Acha disto que....

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