Como duvidas de mim? Agora que há sol. A luz custa menos a suportar. A minha verdade sempre foi da escuridão. E meu foi o reino da dúvida. Do obscurantismo. A tua nudez amedrontada. O espaço de um recato, de afrontas fáceis de suportar como a imortalidade numa noite, foram mitos que afastei com gestos subtis. Olhares vagos e hesitantes. Um mar que te apontava, sem sequer estar lá. Percebo que não sou uma pessoa seguida. Consecutiva. Há horizontes de um verão que morre mais intensos e confiáveis que eu. Mas, ainda assim, não mereço dúvida. Sou o reflexo de discursos consecutivos de neutralidade. E um dia, trouxe-te até um pedaço de chama da imortalidade, preso no coração de uma flor de beira de estrada que te colhi, e definhou à sombra do teu coração triste. Fui aberto à inocência. A livros e livros abertos que têm sido muito do nosso tempo juntos. Por isso, como duvidas de mim? Não me sugere nada o espaço enorme de dor que se avoluma entre nós, enquanto te sinto, fluida, a escapar-me entre os dedos....
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Etiquetas
'Depois de almoço'
(9)
'abrir os olhos até ao branco'
(2)
'na terra de'
(2)
Absurdo
(62)
Blog inatingiveis
(7)
Contos
(61)
Dedicatória
(22)
Denúncia
(2)
Dia Mundial da Poesia
(8)
Diálogo
(6)
abstracao
(2)
abstrato
(199)
abstração
(20)
acomodações do dia
(1)
acrescenta um ponto ao conto
(1)
alegria
(2)
alienação
(1)
amargo
(4)
animado
(2)
animais
(4)
aniversário
(12)
antigo
(1)
antiguidade
(1)
análise
(3)
atualidade
(2)
auto
(1)
auto-conhecimento
(4)
autor
(12)
blogue
(10)
breve
(4)
casa
(1)
casal
(2)
coletâneas
(2)
companhia
(1)
conformismo
(3)
conto
(4)
corpo
(7)
crossover
(4)
cruel
(1)
crónica
(1)
curtas
(8)
depressão
(6)
dia da mulher
(1)
diamundialdapoesia
(2)
dias
(1)
dissertar
(13)
divulgação
(1)
do nada
(5)
doença
(1)
escrita criativa
(1)
escritaautomática
(10)
escritores
(12)
escuridão
(2)
pessoa
(8)
pessoal
(40)
pessoas
(15)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....