Sabia estar no fim da vida,
O tempo passava com a vagareza que nunca tinha conhecido,
O corpo encolhia como uma esponja que se torce,
E havia cada vez mais espaço entre as palavras e os sussurros que libertava,
Mas ainda assim recusou a subjugação,...
Recebeu forças da memória,
Da casa que já foi cheia e agora a amedronta de solidão,
Do amor vitorioso de todos os dias da sua vida,
E gritou,
Avisou o mundo,
Os ainda vivos e os que a tinham amado e já só a viam por trás do silêncio,
Que era ainda uma pessoa,
Merecia respeito,
E queria sol de volta aos seus olhos