Contornou aquele sofá, com os braços desfiados pelas garras de não sei quantos gatos. Recusava-se sentar ali, no mesmo sítio onde viu incontáveis pessoas serem infelizes. Havia uma janela ao fundo, semi-aberta, por onde entrava a brisa de inicio de Outono. No que observava, tudo o fazia sentir-se estranho. O chão castanho, preto às vezes, esbranquiçado do abandono...
Um quadro sem nome, sem dono, e sem interesse, quase a tombar para a morte certa. Ao fundo uma mesa com um dos pés já serrado. Por vezes aquilo tudo parecia só um sonho,...
ou o início de outro.
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