2011/12/18

Pessimismo


Se somos qualquer coisa, não somos nada. Ao aguardarmos por sermos tudo, perdemos somente a pena de no tiquetaquear dos minutos irreversíveis, nos abeirarmos do segundo seguinte sem nada que sentir. Sem o que dizer. E sem até a capacidade para entender que se nos arrastamos no pó do chão onde pousamos os pés ao acordar, e levitamos ao adormecer, é porque as alternativas são gotas insonoras no mundo invisível que nos escorrega das costas curvadas e plenas de contradições.
Nem por mais, e talvez por menos, somos o indesejado acordar. O reerguer um esqueleto cansado, que ficava melhor em letargia eterna, mas que se obriga a ser repisado sem efectiva necessidade de tal. E por cima, dos lados, por baixo, ruídos. Incessantes provocações ao bem estar de mente que há muito ficou para trás.
Refugiamo-nos no qualquer coisa de prever futuros alheios. De precaver frustrações com dissertar sobre tudo, mirando o nada de uma coisa vertical que pisca. Acabando com paz de sonhos mortos, talvez assim a guerra de agitar pensamentos seja ganha,.....ainda antes de começar.

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