2011/06/16

Toma lá, ó 31!!!



De Jonátas de Silva e Melo Porcalheira a 16 de Junho de 2011 às 12:38

Admito que me faz comichão a existência de um blogue como estes. Ainda mais assumir-se toda a gente que aqui escreve, ou pelo menos grande parte dela, como terroristas. Fazem-no por causa das manifestações ridiculas de transformismo que fizeram durante os últimos tempos de Governo socialista? por causa do gravissimo furto de bandeiras autárquicas? Criar este tipo de blogues, num país tão marcada e crescentemente corporativo como é o nosso significa, no meu entender, acentuar a desorientação das pessoas ou, por outras palavras,dizer-lhes que vale tudo para que acima do bem comum, venha o seu próprio bem. Criticar desta forma um capitão de Abril, uma pessoa que, concorde-se ou não com a sua orientação política ou do grupo onde se inseriu, deu de si próprio para que um país saísse da penumbra e pelo menos tentasse entrar numa rota de futuro, é mostrar mesquinhez e, precisamente, dizer às pessoas que a liberdade individualizada, e individualista, é no fundo a única saída para que o nosso país possa estancar a saída de jovens que tem sofrido, e lhes dê renovado desejo de permanecer no próprio país. Acredito, com cada vez mais veemência, que existem várias noções de liberdade. Há mais liberdade no sentimento de pertença a um país que nos dê garantias de bem-estar, do que existe nos fins-de-semana que devotamos a ir a centros comerciais gastar, porque há quem queira que o façamos dessa forma. Com este confuso discurso, o subscritor pôe-se inteiramente ao lado do tenente-coronel Vasco Lourenço quando ele, de uma forma excessivamente prudente na minha opinião, deu a entender que é triste um país que permite seres como Paulo Portas no Governo. É uma nação que, com isso, prova que não tem consciência crítica, que é populista, que cede a lobbys de pressão e não a ideias concretas para o desenvolvimento de um país. Acabo de escrever este texto, ouvindo os futuros donos deste país a traçar um destino negro para todos nós. O ultra-liberalismo vai tomar conta da nossa rotina, vai trazer-nos incerteza laboral, incerteza na educação dos nosso filhos, incerteza no acesso aos cuidados de saúde. Mas o 31 da Armada há-de cá ficar a defender este estado de coisas.

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