2011/03/26

Bué' Grande!!!

acho terra com bróculos
sujos de dinheiro,
e peço menos que
sonhas ter no bolso,
e à fome respondo
com ansiedade incontida,
e se ao escrever
me retratasse com
sombras,
nada menos que
três, dois, um,
e qualquer coisa
ao espreitar o céu da noite
quando chove.....

2011/03/24

Sem título (11)


querem retornos assim tão
exactos dos dias de crise,
somos mesmo aquilo
que descontamos do
tempo já vivido,
para em qualquer momento recuperar
tristezas em redor de
pareceres mais
ou menos inexactos
do sorriso,
digo isto sozinho,
com o tempo a passar ao lado sem me tocar,
e a ver o hino nacional
na televisão,
acho que viver assim
deve servir para qualquer
coisa....

2011/03/22

Esquisito, mas vagamente giro...

Está tão mal escrito isto, mas tão mal escrito, que eu acho que não se percebe mesmo nada de nada....


Saiu de casa já a manhã ia alta. Vestido à pressa de castanho pisou o chão branco com pés descrentes. Cinco passos adiante virou à direita, inspirou com o sangue a pulsar indefinidamente nas guelras que já carregava, e deu de caras com qualquer coisa. Depois baixou os olhos de novo, quis ir para onde se sentia melhor,...continuou o caminho, atravessou a estrada dos dias todos. Pisou passeio firme, e de soslaio carregou no botão invisível das manhãs de todas as manhãs. Apareceu qualquer coisa de repente, para mais depressa ignorar o que já nasceu ignorado.
Seguiu caminho. O sol ia alto queimando as ideias soltas que naquele microcosmos pisavam toda a gente da forma mais violenta e inesquecível possível. Do olá já habitual, para novo como vai, e sem que nada demovesse de contornos insofismáveis de querer andar sem parar. Virou à esquerda. Vinte passos em diante, e as gordas diziam que havia crise. Estava tudo caro, a guerra escrevia rabiscos em todo o planeta, e tinham ganho qualquer coisa em qualquer lado depois da porrada habitual entre a plebe. Continuou descrente. Pé ante pé até chegar. Por fim o descanso nos braços com contornos castanhos. Os dos dias todos, que ali repousavam no meio do ar invisível......

2011/03/04

Pausinhas....

...ao meu lado estão cortes inebriados na face oculta do tempo,
repousemos com perfumes
decompostos que se cantam nestes ritmos...